Morte de centenas de golfinhos no Peru com explicações diferentes de governo e ecologistas

quinta, 24 maio 2012
Publicado em Notícias

 

 
Centenas de golfinhos apareceram mortos nas costas  do Norte do Peru, com o governo a atribuir o facto a causas naturais e ecologistas  a responsabilizarem explorações petrolíferas no alto mar, noticia hoje a  AFP. 
 
"Chegámos à conclusão de que as causas das mortes dos golfinhos são  naturais", afirmou a ministra da Produção, Gladys Triveo, na rádio RPP,  sem precisar as causas.  As conclusões governamentais apoiam-se no inquérito realizado pelo Instituto público do Mar do Peru, adiantou a ministra. 
 
As ondas sísmicas provocadas pelas actividades no mar das empresas petrolíferas  "foram afastadas", tal como a responsabilidade de um vírus ou bactérias,  acrescentou.
Segundo a ministra, a morte massiva de golfinhos ocorre de forma periódica.  "Não é a primeira vez que isto acontece. Já aconteceu na Nova Zelândia, na Austrália e em outros países. Não é preciso procurar uma responsabilidade que não existe", sublinhou. 
 
A Organização Científica para a Conservação dos Animais Aquáticos (ORCA), uma organização não-governamental, afirmou, por seu lado, que as mortes são devidas às ondas emitidas pelas actividades das empresas petrolíferas  e que os animais sofreram "um impacto acústico, que provocou uma síndroma  de descompressão aguda", segundo um documento enviado à agência noticiosa. Mais de 900 cadáveres de golfinhos foram descobertos entre Fevereiro  e Abril nas praias do Norte do peru, provocando a inquietação das autoridades  e das associações de defesa do ambiente. 
 
Simultaneamente, na mesma zona, pelo menos 5.000 pássaros marinhos foram encontrados mortos. Os estudos feitos apontam para morte por fome, no seguimento  da deslocação para o Sul dos bancos de anchovas, devido ao aquecimento climático.
 
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